O livro O Mestre do Amor corresponde ao quarto volume da coleção Análise da Inteligência de Cristo de Augusto Cury. Sob a perspectiva da psicologia, da sociologia e, principalmente, da filosofia Cury investiga as ações e ideias incomuns de Jesus Cristo durante e após a sua crucificação.
Mesmo pregado numa cruz Jesus gerenciou e proclamou os pensamentos mais lúcidos e mais inefáveis de toda a história da humanidade. Apesar de ter sido açoitado, humilhado e espancado demostrou um amor incondicional pelos seres humanos através de atos e palavras estonteantes que jamais serão esquecidas da história e do nosso coração.
Desde o seu nascimento Jesus desperta a curiosidade e a admiração de milhões de pessoas em todo o mundo. Para muitos ele é apenas um personagem criado pela imaginação dos seres humanos. Mas, o que comprova a sua existência não são os achados arqueológicos e, muito menos, os pergaminhos e escritos que registram a sua vida, mas sim, a sua própria biografia.
Em outras palavras, o homem Jesus foge completamente da lógica e da capacidade humana de criar e inventar coisas. Seus atos e seus pensamentos, registrados nos quatro evangelhos, comprovam que ele não foi simplesmente um personagem criado pelo imaginário humano, afinal suas atitudes tangenciam os comportamentos humanos.
Portanto, nem o mais fértil dos autores de todos os tempos conseguiria desenvolver um personagem tão fascinante e tão complexo na capacidade de pensar e agir como Jesus Cristo.
Antes de ser crucificado como o mais vil dos homens O Mestre da Sensibilidade perpassou pelos momentos mais angustiantes e tensos da sua vida. Os judeus não aceitavam a ideia de que ele fosse o messias enviado por Deus para libertar o povo do sofrimento, portanto queriam a todo custo a sua morte. Como não encontraram motivos para realizar tal feito inventaram calúnias e injúrias contra Jesus.
Pressionado pelos representantes da cúpula judaica o imperador Pilatos sentenciou Jesus à morte na cruz. Os açoites e o espancamento que sofreu dos soldados romanos lhe causaram hematomas e romperam a sua pele, mas não feriram ou abalaram a sua emoção.
Jesus, sem sombra de dúvidas, foi O Mestre do Amor e o maior exemplo de compaixão e sabedoria. O Mestre Inesquecível teve todos os motivos para desenvolver doenças psicológicas como ansiedade, síndrome do pânico, estresse e agressividade, porém demostrou os mais brilhantes atos de amor e solidariedade para com os seres humanos.
No momento em que foi humilhado publicamente pelos soldados Jesus poderia ter demostrado ódio e violência os agredindo, no entanto ele os amou e os compreendeu dando-lhes a oportunidade de reconhecerem os seus erros e se arrependerem das suas atitudes indolentes, afinal foram eles que rasgaram as suas roupas, puseram uma coroa de espinhos em sua cabeça, cuspiram em seu rosto e o espancaram como o mais vil dos bandidos. Como pode o homem mais inocente, dócil, sábio e amável da humanidade ser o mais humilhado e injustiçado? Que paradoxo!
Quando sentimos ódio ou mágoa de alguém estamos nos auto agredindo psicologicamente, pois sofremos muito ao lembrarmos frequentemente da mágoa que este alguém nos causou. Dormimos diariamente com os nossos inimigos ao tentarmos esquecê-los, já que não podemos apagar ou deletar as janelas de tensão que se abrem em nossa mente.
Apenas podemos reeditá-las, ou seja, para nos livrarmos dos nossos inimigos devemos perdoá-los e para isso devemos compreendê-los e enxergá-los como seres humanos com defeitos e qualidades. Jesus Cristo perdoava os seus inimigos porque os compreendia e sabia que eles o agrediam para demostrar respeito e obediência ao imperador romano. Só perdoamos quando compreendemos e só compreendemos quando nos amamos!
O amor que Jesus demostrou pela humanidade é sem precedentes. Jamais alguém amou tanto o ser humano como ele amou. Jamais alguém sofreu e se doou tanto por tão pouco. Não queria nada em troca, apenas queria que nos amássemos como ele nos amou. Ele não media esforços para nos fazer felizes e, principalmente, livres do cárcere emocional. Mesmo não sendo correspondido ele continuou nos ensinando, nos protegendo e, acima de tudo, nos amando.
Não fique angustiado ou preso às mágoas, pois o pior cárcere não é o físico, mas sim o emocional! Aprenda a arte do perdão assim como O Mestre dos Mestres nos ensinou e cultive uma vida saudável e feliz ao lado de quem você ama assim como O Mestre da Vida cultivou.
Afinal, a nossa existência é brevíssima como uma fagulha que após segundos desaparece por completo ou como uma minúscula gota do orvalho que se mistura à imensidão do oceano. Não podemos perder tempo magoando ou ferindo os nossos semelhantes, já que somos um pequeno parêntese no infindável universo ou, simplesmente, um milésimo de segundo no interminável tempo!