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Resumo do livro O Colecionador de Lágrimas

O livro O Colecionador de Lágrimas: Holocausto nunca mais é um romance histórico-psiquiátrico redigido e publicado pelo escritor, psiquiatra e psicoterapeuta brasileiro Augusto Cury que narra, de maneira emocionante e misteriosa, o drama de um professor universitário de história, o qual é aterrorizado constantemente por pesadelos noturnos sobre os eventos impiedosos praticados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

O protagonista da trama, Júlio Verne, um poliglota perspicaz, determinado e bem-humorado, porém ansioso, é um ex-psicólogo que decide mergulhar nas águas da história e transformar o pensamento, repleto de pré-conceitos discriminatórios e exclusivistas, dos jovens alunos infectados pelo sistema social cartesiano de uma renomada universidade de Londres. 

Sua decisão foi criticada e rejeitada pelos seus familiares e parentes próximos, os quais, contaminados pelo pensamento coletivo predatório, enfatizavam que ele, agindo assim, perderia prestígio e status social, demostrando desprezo por um dos mais brilhantes profissionais da sociedade, se não o mais: o professor. Este profissional desenvolve um papel social tão importante quanto o do advogado, o do psicólogo, o do engenheiro, o do médico e o de outros mais.

Em seu primeiro pesadelo, Júlio Verne vivenciou um personagem soldado da SS, tropas armadas de proteção do Führer Adolf Hitler. Presenciou mães, filhos e pais, enfim, famílias inteiras ceifadas pelos indolentes e alienados soldados de Hitler. Acordou desesperado e foi consolado pela sua esposa, Katherine, uma psicóloga social que também lecionava na mesma universidade de Júlio. 

No dia seguinte, ao ir para a universidade, quase foi atropelado por um motorista desgovernado, o qual usava um anel de honra das forças armadas do nazismo. Ficou estarrecido e atordoado com a possibilidade de estar sofrendo uma conspiração de nazistas ou inimigos.

Frequentemente recebia cartas de intimidação de personagens históricos da época em que Hitler ascendeu ao poder na Alemanha. Por conta disso, ele e sua esposa Katherine ficaram emocionalmente abalados, sem nada entenderem. As bases do relacionamento do casal foram abaladas. Os familiares de Katherine a aconselhavam romper o casamento, mas ela o amava e decidiu enfrentar com ele as adversidades misteriosas e aterrorizantes que lhe surgiam.

Passaram a sofrer ataques terroristas e, por isso, a serem protegidos pela polícia de segurança de Londres. Certo dia sofreu um atentado em plena universidade. O tiro do homem, com características dos nazistas, que queria lhe assassinar acabou atingindo Peter, um dos seus alunos, deixando-o paraplégico.

O professor sentiu-se extremamente culpado e passou a admirar ainda mais o seu jovem aluno. Por este e outros motivos, sobretudo por criticar em suas aulas o sistema social, foi duramente rejeitado por alguns alunos mais radicais e pelos seus colegas de trabalho, principalmente Paul que o inveja pelo seu notável destaque social e que tinha uma queda amorosa por Katherine. 

Além disso, o reitor da universidade o afastou do cargo de professor por um mês, formando uma bancada de outros professores para julgarem o seu destino, alegando que suas atitudes estavam denegrindo e pondo em risco a universidade que direcionava. 

Júlio ficou extremamente triste, pois amava o que fazia, mesmo sabendo que seu trabalho era injustamente desprezado pela sociedade. Recebeu, dias depois, outra carta do reitor, mas desta vez o expulsando definitivamente do corpo docente da universidade.

Decidiu, então, formar um grupo de estudos em sua casa com alguns de seus alunos para discutirem sobre a personalidade de Hitler, suas estratégias para alcançar o poder, a formação de seu partido político, enfim, sobre o contexto social, político e econômico da Alemanha e de outros países europeus antes e durante a Segunda Guerra mundial. 

O grupo era formado por Gilbert, Peter, Lucas, Deborah, Evelyn, Brady, Júlio, Katherine e por Billy, o policial responsável pela segurança do casal, que fora contagiado pela instigante inteligência do professor e decidira participar diretamente dos encontros.

O professor discursava eloquentemente que Adolf Hitler era um austríaco de nacionalidade alemã rude, tosco, indolente, agressivo, enfim, um psicopata portador de uma personalidade de extrema complexidade, pois agia docilmente em um momento e cruel e agressivamente em outro. Usou de todas as estratégias, sobretudo de marketing, para alienar e se agigantar como um deus no inconsciente coletivo da culta sociedade alemã. 

Religiosos, jovens e crianças, políticos e outros profissionais tiveram suas mentes engessadas, seus corações petrificados e suas almas devoradas pelas propagandas enganosas e absurdas do partido político de um dos maiores sociopatas da história da humanidade, passando, portanto, a seguir e apoiar suas ideologias desumanas, provavelmente sem consciência crítica do que estavam fazendo. 

Hitler era dominado pelo desejo incontrolável de poder e destaque social. Sofria na infância e continuou sofrendo enquanto adulto complexo de inferioridade, o que o incitou a praticar crueldades indescritíveis, sobretudo, contra judeus, marxistas, eslavos, homossexuais, ciganos e outras minorias sociais que foram duramente oprimidas e perseguidas pelo nazismo. 

Milhões de judeus foram exterminados a mando de Hitler que arquitetou e pôs em prática o plano mais irracional e brutal de toda a história da humanidade: exterminar a raça judia da face da Terra, que era considerada por ele inferior e culpada pelos males da Alemanha, para purificar a raça ariana que, segundo ele, era naturalmente superior. 

Famílias foram destruídas, crianças foram separadas de seus pais e, posteriormente, assassinadas brutal e cruelmente. Adultos e jovens tiveram suas vidas lentamente ceifadas nas câmaras de gás dos campos de concentração, principalmente de Auschwitz-Birkenau.

Júlio Verne passou a ser o centro das atenções e começou a realizar conferências nacionais e internacionais sobre tolerância e paz social e que tinham como plano de fundo as atrocidades cometidas pelo ditador Adolf Hitler.

Certo dia, o casal decidiu jantar em um restaurante francês para livrarem-se, ainda que por pouco tempo, do cárcere que viviam. Disfarçados saíram felizes e ao mesmo tempo apreensivos. Três garçons apareceram entregando a Júlio um suposto bilhete dos seus alunos, no qual eles afirmavam que todas as despesas do casal seriam pagas por eles. Duvidaram inicialmente, mas depois acreditaram. 

Minutos depois outro garçom apareceu entregando a conta. Júlio o informou sobre a situação, mas não encontrando os outros garçons para confirmarem sua afirmação, ficou constrangido e sem jeito.

Logo depois descobriu que se tratavam de três cientistas disfarçados que queriam que ele embarcasse de volta ao passado em uma máquina do tempo por eles desenvolvida para eliminar Hitler e acabar com o nazismo das páginas da história. 

A invenção da máquina foi fundamentada na teoria da relatividade de Einstein e na da física quântica. Foi escolhido para tal tarefa porque era um grande conhecedor da vida de Hitler e da Segunda Guerra Mundial. Hesitou em aceitar o convite, mas foi convencido de que tinha um compromisso com a humanidade e, principalmente, com a raça judia, da qual era descendente. Não poderia se acovardar como fizera em seus pesadelos.

Também descartou a ideia de assassinar Hitler na sua fase de infância, pois estaria agindo contrariamente aos seus princípios éticos. Sugeriu a ideia de desarticular e interromper um momento importante que poderia evitar o surgimento do partido nazista e, consequentemente, evitar a Segunda Guerra Mundial.

Antes de embarcar na máquina Júlio Verne é informado, por sua esposa Katherine, que será pai. Ficou extremamente feliz, pois era o sonho do casal que tentava ter um filho há mais de três anos. Após recitar uma mensagem de amor à sua amada, entra na máquina e viaja no tempo para mudar os rumos da humanidade. 

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