Livros Infantojuvenis

Resumo do livro O Casebre do Fantasma

Quatro jovens garotas decidem passear a cavalo pelas trilhas do matagal que circundava a fazenda em que moravam. Lélia, Scylla e Débora eram irmãs e amigas de Ângela. 

Após algum tempo cavalgando e conversando resolvem voltar para casa, mas se perdem no caminho. Scylla, a mais novinha entre elas, choraminga de vez em quando pensando no pior. As outras mais velhas contêm o choro para não assustar mais ainda a caçula. 

Continuam andando até que encontram um casebre abandonado no meio do mato denso. A noite já estava caindo e começam a limpar o local para dormirem enquanto ninguém as encontrava. Boa parte da cozinha já havia desmoronado e outra parte do telhado da sala também ruíra com a ação do tempo. 

Descobriram que no quintal do casebre havia uma cruz no alto de uma pequena elevação e nela uma provável coroa de espinhos pendurada. Ficam apavoradas imaginando o porquê daquela cruz. 

Logo depois arrumam os sacos das celas dos cavalos para forrar o chão duro da sala e fazê-los de cama e cobertor para se protegerem do frio. 

Antes de dormir dividem entre si o pouco de comida que traziam; bolachas, sanduíches e laranjas. A comida era pouca e não duraria por muito tempo, teriam que procurar ao amanhecer do dia o que comer. 

Fazem uma fogueira pequena no outro canto oposto para clarear um pouco a escuridão do local.  Dormem acordando-se de vez em quando assustadas por barulhos esquisitos.

No dia seguinte saem em busca de frutas para saciar um pouco a fome que sentiam. Encontram ao longo do percurso cajus, jatobás e cocos de babaçu. 

Além disso, encontram no leito seco de um córrego um caldeirão de ferro e ao andar em direção oposta a correnteza encontram uma barragem de pedras que represava a água pura do pequeno riacho. Lavam o caldeirão que possivelmente as serviria para cozinhar e levar água para os animais beber. Acham ainda um ninho de pássaros cheio de ovos e os levam para cozinhar e servir de almoço.

Ao voltarem para o casebre se assustam com a bagunça que encontram, as cinzas da fogueira estavam espalhadas pela sala, os sacos jogados no quintal e a cruz não estava no alto do morro logo adiante.  Apavoram-se imaginando que poderia ser um fantasma que habitava o local. 

Depois disso, cozinham os ovos e se deliciam com a iguaria matando um pouco a fome que as consumia. 

A noite mais uma vez se aproximava e elas organizam o ambiente para se aconchegar durante mais uma noite de sofrimento e medo. Todas se deitam bem próximas umas das outras. 

Os cavalos estavam amarrados lá fora com exceção do Zorro que havia sumido durante a noite anterior.  Algumas logo pegam no sono enquanto outras ficam acordadas sem conseguirem dormir por causa dos ruídos e do medo que sentiam. 

Todas se acordam ao ouvirem barulhos de latas batendo e sendo arrastadas contra o chão. Ficam cochichando baixinho e choramingando apavoradas. Após um silêncio terrível parte do telhado desmorona cobrindo-as de poeira e assustando-as mais ainda. 

O dia já estava quase amanhecendo e saem novamente à procura do que comer. Acham brotos de bambu e os levam para cozinhar no caldeirão. 

Tentando ascender o fogo têm uma ideia brilhante: fazer bastante fumaça para que alguém possa as encontrar. A tentativa deu certo. 

Da fazenda grande os cavaleiros já se aprontavam para saírem novamente em busca das garotas quando avistaram ao longe a fumaça no céu. Um deles falou eufórico, “elas estão no casebre do Angico”. Todos partiram em direção ao local. Chegando lá as encontram sujas e debilitadas e a emoção toma conta de todos. 

As garotas contam o que aconteceu e um dos fazendeiros conta a história do casebre dizendo que foi construído por um jovem que ao se casar trouxe a sua esposa para morarem no pequeno e humilde rancho, mas anos depois ela morre ao passar por um parto complicado e prematuro. Tanto o corpo da esposa como do filho recém-nascido foram enterrados no quintal da casa. Nunca mais o homem abandonou a casa até morrer.

As garotas não escondiam a emoção e felicidade de voltarem para casa. Lá um amontado de gente as esperava festejando. As lágrimas entre risos tomaram conta do lugar quando enfim chegaram de volta ao lar aconchegante e confortável. 

Esfomeadas se deliciaram com o jantar especial que haviam lhes preparado. Foram dormir estupefatas nas camas macias com lençóis cheirosos. Nunca imaginavam que coisas tão simples do dia a dia lhes fariam tanta falta. 

No casebre abandonado e assombrado o silêncio imperava e um vaga-lume clareava de vez em quando o fogão da cozinha em que algumas brasas ainda queimavam. 

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