Luca é um menino que vive abaixo das águas do mar. Quando está sob as águas seu corpo é como o de uma espécie de “monstro” marinho.
Quando sai fora da água seu corpo se transforma em corpo de humano. Sua família tem receio de revelar esse segredo, mas logo ele descobre e passa a se aventurar em terras humanas.
Faz amizade com outro garoto que compartilha da sua mesma realidade de “peixe-humano”. Também conhece uma menina e tornam-se amigos. A vila de humanos onde costuma frequentar é habitada por pescadores que acham que os “monstros” marinhos são criaturas perigosas e precisam ser caçados.
Esse medo do desconhecido expressa muito bem os nossos preconceitos contra algo que não conhecemos em sua essência, mas julgamos apenas pela sua aparência.
Luca e toda sua família é julgada por causa da sua aparência estranha ou diferente, mas, quando passam a conhecê-los pelo que realmente são, o preconceito diminui e muitos passam a acolhe-los.
O pai da sua amiga quando descobre sua condição o defende de possíveis ataques dos mais revoltados. Ele é um pescador que não conhecia de fato como eram esses seres dos mares, então os considerava como uma ameaça para a sua própria espécie. Porém, muda totalmente de ideia quando conhece Luca e percebe que ele é apenas uma criança inofensiva, indefesa, bondosa e, portanto, incapaz de fazer mal a alguém.
O ato de coragem de Luca em não mais esconder sua condição, encorajou outras pessoas a revelarem que também eram “monstros”. Pessoas que também viviam na vila de pescadores escondendo suas singularidades com medo de serem julgadas, discriminadas pela população.
Esse ato pode ser considerado como revolucionário, libertador. Muito provavelmente não acabou com os preconceitos, mas foi um importante passo dado rumo a uma sociedade menos injusta e mais acolhedora para Luca, seu amigo, sua família e todos àqueles com a sua mesma condição.